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Formato: 16 X 23 cm
Número de Páginas: 232
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-85-8033-119-6

 

 

René Girard:
do mimetismo à hominização

Robert Hamerton-Kelly

Este livro nasceu de uma dupla decisão, de um duplo desejo. Primeiro, o desejo intelectual de estudar pelo método filosófico uma concepção da hominização, e portanto também da origem, e segundo, recolocar o problema da hominização no centro da filosofia. Por hominização, é preciso entender aqui ao mesmo tempo o momento e o processo pelo qual os antropoides se tornaram homens. Com efeito, a fim de estudar o processo explicativo de tudo o que faz do homem um animal específico, parece interessante que tomemos como ponto de partida o nascimento da humanidade ou, para dizê-lo com as palavras de René Girard, a origem da cultura.

O problema da hominização representa um verdadeiro desafio para as ciências humanas. Trata-se de pensar por um único e mesmo conceito uma grande proximidade entre o animal e o homem, a fim de que se possa refletir sobre a passagem de um para o outro, mas, ao mesmo tempo, também sobre uma ruptura radical. É na literatura que René Girard encontra esse conceito recorrente em toda a sua obra: a mímesis. Desse modo, o processo de hominização é nada mais, nada menos, do que a solução para a violência criada pela imitação dos desejos. Se o homem se afasta da natureza, é porque atinge um modelo de gestão particular da violência. Como não pode lutar diretamente contra ela e afrontá-la sem correr o risco de aumentar os estragos, ele sempre desloca essa violência para bodes expiatórios, que reúnem o ódio comum. Nesta obra, o autor mostra como, desse deslocamento, dessa différance da violência, emerge uma ordem que só pode existir com certo desconhecimento dos processos que a estabelecem e que deve, então, ser pensada formalmente como autorrealização.

René Girard faz parte dos autores franceses mais estudados no exterior do que nas universidades francesas, como é o caso de Jacques Derrida e Michel Serres. Em 2005, ano em que entra na Academia Francesa, toma posse do lugar que merece entre os intelectuais franceses. Este livro mostra como as criações conceituais de René Girard permitem que seja pensado de forma realista e aceitável o processo de hominização, assim como todas as especificidades humanas. O modelo girardiano ajuda-nos a compreender, ao escapar das dificuldades encontradas pela psicanálise, pelo estruturalismo ou, ainda, pela desconstrução, como a origem da cultura é apenas o surgimento de um modelo de gestão particular da violência. Para perceber a originalidade e a força explicativa das teses de René Girard, revela-se nesta obra seu modelo formal, que é inteiramente fundamentado em um pensamento de auto-organização e de autorrealização.

 

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