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Formato: 14 X 21,5 cm
Número de Páginas: 328
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-85-8033-047-2

 

 

Violência e Modernismo:
Ibsen, Joyce e Woolf

William A. Johnsen

O livro explica como três de nossos maiores autores modernos corroboram e ampliam a hipótese mimética de René Girard sobre o comportamento humano e a concepção de Northrop Frye da literatura como um todo, na medida em que dizem respeito à vida moderna.

O ano de 1984 trouxe reflexões milenaristas, poucas delas dignas de lembrança. A maior parte do oxigênio no ano 2000 foi consumida discutindo se nossos computadores continuariam com a hora certa, mas ainda restam expectativas milenaristas suficientes para que sejam bem-vindas reflexões sobre as teorias do século passado, as quais foram prematuramente tornadas obsoletas pela competição que permeia todo o trabalho intelectual moderno.

É hora de escrever a história do modernismo com um senso de propósito mais confiante e ambicioso. Os teóricos que foram postos de lado por ser supostamente ambiciosos demais agora podem recuperar suas origens. Dois dos mais influentes críticos literários de nossa época aproximavam-se exatamente dessa teoria da literatura moderna quando foram desviados pelas prodigiosas oportunidades oferecidas por suas hipóteses para a leitura da Bíblia: Northrop Frye e René Girard. As obras de maior fôlego dos últimos anos de Frye foram The Great Code [O Código dos Códigos. São Paulo, Boitempo, 2004] (1982) e Words with Power [Palavras com Força] (1990); já a formulação mais recente e quiçá definitiva dada por Girard à sua hipótese mimética aparece em Je Vois Satan Tomber comme l’Éclair [Eu Vejo Satanás Cair como um Raio] (1999) e Celui par qui le Scandale Arrive [Aquele Por Quem o Escândalo Vem] (2001), dois livros dedicados à inspiração bíblica.

No fulcro das obras de Girard e de Frye está a crença praticamente constante, se implícita, em uma correspondência entre os textos sagrados e os seculares, e, por causa dessa correspondência, em um senso de uma linhagem notável de desenvolvimento ou de tradição nos textos ocidentais, das origens até o presente, que se completa na modernidade. Contudo, em um momento importante de cada uma de suas carreiras, as consequências dessa convergência tornam-se tão prodigiosas que eles mudam de direção, afastando-se de uma teoria completa dos textos modernos.

Assim como Girard e Frye, Henrik Ibsen, James Joyce e Virginia Woolf (para ficar apenas com os autores discutidos neste livro) tornaram-se antropólogos no início de suas carreiras de escritores por estarem impressionados com os padrões recorrentes (até banais) do conflito humano primitivo que se podia enxergar na cultura moderna. Exatamente como Girard evita postular um inconsciente coletivo ou uma migração tribal a fim de explicar semelhanças em rituais e em tabus na cultura humana, primitiva e moderna, temos de evitar associar as semelhanças entre esses autores à influência de uma única teoria ou de um único texto antropológico preexistente. As obras de Ibsen, de Joyce e de Woolf se assemelham entre si porque são provocadas por sinais localmente recorrentes de uma crise sacrificial, de um surto de violência mimética que não pode ser resolvido pela atribuição da culpa a um terceiro.

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